Clínica especializada em doação de óvulos: o caminho para realizar o sonho da maternidade

A Doação de Óvulos, conhecida também como ovodoação, consiste na cessão – de uma mulher para outra – de óvulos, a fim de que sejam fecundados, formem embriões e, posteriormente, sejam transferidos para o útero da receptora, para que a gravidez possa ocorrer.

No Brasil, desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem ampliado o acesso às técnicas de reprodução assistida, tornando-as fundamentais também para casais homoafetivos masculinos e femininos que desejam realizar o sonho de ter filhos.

Essa doação de gametas (óvulos ou espermatozoides) e embriões é uma das técnicas complementares à fertilização in vitro (FIV).

As regras de ovodoação ainda são pouco conhecidas e geram dúvidas. Entenda, neste texto, como a doação de óvulos funciona e os casos em que o procedimento é indicado. Acompanhe e saiba mais sobre o assunto!

A ovodoação é indicada nos casos de:

• Mulheres que não tenham mais óvulos devido à menopausa ou secundária a algum tratamento (cirurgia, quimioterapia ou radioterapia);
• Mulheres com idade avançada e que ainda têm óvulos, porém com qualidade insuficiente para formar embriões com capacidade de implantação;
• Mulheres com doenças genéticas, como alternativa para evitar a transmissão para os filhos, sem condições de realizarem o diagnóstico genético pré-implantacional;
• Mulheres com falhas sucessivas de fertilização in vitro (FIV);
• Casais homoafetivos masculinos.

Como é realizada a ovodoação?

Os óvulos são doados por mulheres submetidas ao tratamento de FIV ou mulheres que fazem congelamento de óvulos para preservação de fertilidade. Os óvulos da doadora são inseminados por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), com os espermatozoides do marido/companheiro da receptora (mãe) e os embriões formados são transferidos para o útero da receptora. Isso se chama doação compartilhada. No caso de casais homoafetivos masculinos, os óvulos da doadora podem ser fertilizados com os espermatozóides de ambos os homens.

De acordo com o CFM, as doadoras devem ser saudáveis, ter no máximo 35 anos, sem histórico pessoal ou familiar de doenças hereditárias e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A doação é feita sem vínculo comercial e de forma anônima. Tanto a doadora quanto a receptora não terão conhecimento ou contato uma com a outra.

Durante o processo, a receptora passa por um tratamento para preparo do endométrio (camada interna do útero) antes de receber os embriões, para assegurar a implantação e, consequentemente, o sucesso da gravidez. Esse preparo é feito com os mesmos hormônios do ciclo natural, isto é, primeiro o estrogênio e depois a progesterona, de forma controlada.

Exames confirmam a capacidade para sustentar a gravidez. Transferimos no máximo dois embriões, considerando que a doadora tenha até 35 anos. A transferência de embriões é feita de forma rotineira, utilizando-se um fino cateter e o procedimento é guiado por ultrassom. O teste de gravidez é realizado de 9 a 12 dias depois.

Existem possíveis complicações?

A doação de óvulos é um procedimento seguro, em que tanto a doadora quanto a receptora são acompanhadas a todo momento por uma equipe especializada. Apesar disso, este é um procedimento médico e, como tal, está associado à possibilidade de complicações — especialmente no que diz respeito à estimulação ovariana.

As principais complicações possíveis incluem:

• Dor de cabeça;
• Dor no local da aplicação hormonal;
• Desconforto abdominal;
• Mudanças no estado de humor;
• Hiperestimulação ovariana.

Nenhum desses efeitos colaterais, entretanto, é considerado grave ou capaz de prejudicar seriamente a saúde da doadora. Por conta disso, não há limite de vezes que uma mulher pode realizar a doação de óvulos.

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Mulheres que doam seus óvulos cumprem um papel essencial no processo, ajudando outras mulheres que não conseguem engravidar e sonham com a maternidade.

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