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Transplantes de útero permitem gestações bem-sucedidas, segundo estudo

Desde 2016, transplantes de útero vêm sendo realizados por alguns importantes dentros de Reproduçao Humana no mundo.

Os resultados obtidos pelos estudos, demonstraram a eficácia do procedimento e os transplantes de útero realizados permitiram gestações bem-sucedidas.

Entre 2016 e 2021, 33 mulheres foram transplantadas com úteros de doadoras vivas.

Até o momento, o estudo afirmou que 58% dessas mulheres transplantadas já tiveram gestações bem-sucedidas.

imagem que representa Transplantes de útero

Todas as receptoras dos úteros transplantados apresentavam infertilidade absoluta, ou seja, nasceram sem útero ou precisaram removê-lo.

Sendo assim, essa é uma alternativa que se mostra interessante para mulheres que sonham com a maternidade, mas são inférteis.

No entanto, mesmo que o transplante de útero tenha permitido gestações bem-sucedidas e já seja uma realidade clínica nos Estados Unidos, por exemplo, o assunto ainda gera muitas dúvidas.

Quer saber mais sobre o tema? Continue lendo que vamos te explicar alguns detalhes sobre esse procedimento.

Como é realizado o transplante de útero?

Primeiramente, o transplante de útero é indicado para mulheres que apresentam infertilidade.

Algumas causas de infertilidade podem ser atribuídas aos seguintes fatores:

·         Má formação no útero que não pôde ser corrigida cirurgicamente;

·         Falta de útero de nascença;

·         Retirada de útero em razão de câncer, miomas e etc;

·         Útero presente, mas que não possui pleno funcionamento; 

.      Útero com sequela pós radioterapia

O procedimento é realizado por meio de uma complexa cirurgia que demanda máximo cuidado tanto com a receptora quanto com a doadora.

As doadoras vivas passam por uma série de avaliações para comprovar que estão em boas condições de saúde. O transplante de útero pode também ser realizado com útero de cadáver.

O estado de saúde da receptora do órgão também é minuciosamente avaliado, a fim de preservar as chances de sucesso do transplante.

Uma vez constatada compatibilidade e boa saúde de ambas as partes, o procedimento cirúrgico pode ser realizado.

É necessário fazer uso de medicação imunossupressora para evitar a rejeição do órgão.

O novo útero é viável por até duas gestações, sendo removido depois do parto por meio de histerectomia.

Isso é necessário porque a permanência do útero transplantado no corpo demanda o uso da medicação imunossupressora por toda vida, o que pode não ser viável para o organismo.

É possível engravidar naturalmente após o transplante de útero?

A gravidez natural é inviabilizada, pois o novo útero não é conectado aos ovários.

Isso ocorre porque, conectar o útero transplantado aos ovários pode gerar cicatrizes que dificultariam a deslocação do óvulo pelas trompas.

Também pode favorecer o desenvolvimento de gravidez ectópica, o que coloca em risco a vida da mãe e compromete a gestação.

Portanto, faz parte do processo a fertilização in vitro e congelamento dos embriões.

Essa etapa é fundamental para conservar a vitalidade do embriao que será implantado futuramente, após não ter ocorrido rejeição do órgão transplantado.

O transplante de útero permite gravidez bem-sucedida?

O transplante de útero é considerado eficaz quando ocorre a gestação e a mulher dá à luz a um bebê saudável.

Das 33 mulheres que participaram do estudo publicado na revista científica Jama Network, 19 engravidaram e deram à luz.

Totalizaram-se, então, 21 bebês saudáveis nascidos de mulheres que receberam um novo útero de uma doadora.

Em alguns casos, o útero transplantado ainda apresentava boas condições 1 ano após a operação.

Mais da metade dos bebês gerados nos úteros transplantados, nasceram com mais de 36 semanas de gestação.

A partir desse estudo, fica comprovada a eficácia do transplante de útero.

Leia mais sobre o assunto em nosso blog!

Quanto custa para realizar transplante de útero?

No Brasil, o transplante de útero ainda é experimental, de modo que não há um valor praticado no mercado para o procedimento.

Também não é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O que se sabe até então, é que o procedimento envolve equipe médica multidisciplinar para ser realizado.

Tanto doadoras quanto receptoras podem sofrer complicações médicas e necessitam de internação, medicação e cuidados.

De modo geral, o transplante de útero é enquadrado como uma forma de tratamento de fertilidade.

Por todos esses motivos e pelo risco que envolve o procedimento, estima-se que o custo para a realização seja alto. 

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