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Swim Up

Swim up é o processo de lavagem ou capacitação dos espermatozoides, que é usado em todos os tratamentos de reprodução assistida, tem como objetivo selecionar os gametas com maior capacidade de fecundação. No caso dos pacientes portadores de HIV, ele serve também para eliminar boa parte da carga viral contida no sêmen.

O processo tem variações mas é, basicamente, o mesmo. Depois de colhida, a amostra de sêmen é colocada em uma pipeta com meio de cultura (água com nutrientes como proteínas, vitaminas e aminoácidos, que ajudam a manter as células vivas fora do organismo) e centrifugado. Nesse processo, as células mortas vão à tona da cultura e são retiradas, enquanto as mais capacitadas ficam no fundo.

O processo é repetido e, ao fim, os espermatozoides que sobrevivem são colocados em novo meio de cultura e ficam por 30 minutos em uma estufa a 37°C de temperatura, semelhante à do corpo humano. Ao fim do período, os espermatozoides com maior motilidade (e, portanto, capacidade de fertilização) terão nadado para o alto da pipeta, o que explica o nome do processo, swim up (ou nadar para cima).

Aspirados, esses gametas serão usados nas fertilizações in vitro. O processo mais tradicional consiste em colocar em contato, dentro de gotículas de cultura, óvulos e alguns milhares de espermatozoides. O método mais indicado nos casos em que o pai é soropositivo é o ICSI, ou injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Com o ICSI, é possível fertilizar um óvulo usando um único espermatozoide, que é injetado dentro da célula feminina.

Texto retirado do novo livro escrito pela Dra. Silvana Chedid “Novas famílias”.

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