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Síndrome da hiperestimulação ovariana na FIV: o que é e quando ocorre?

Durante a fertilização in vitro (FIV), a estimulação ovariana é uma das fases que consiste em estimular o crescimento folicular e aumentar a produção de óvulos que serão utilizados na formação de embriões. 

Em alguns casos, os medicamentos podem causar um tipo de complicação conhecido como síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO). Uma reação excessiva do organismo da mulher aos hormônios injetados durante o tratamento.

A SHO pode ser leve, moderada ou grave. Mas, com o acompanhamento adequado e identificação de fatores de risco é possível evitá-la. Por esse motivo, mulheres que serão submetidas à FIV devem obter todas as informações necessárias e entender o que é e quais os sintomas dessa síndrome.

Com os protocolos mais modernos, a síndrome de hiperestímulação ovariana é completamente evitável. Tudo começa com a identificação de fatores de riscos nas primeiras consultas, antes de iniciar a estimulação ovariana para FIV. 

Os principais fatores de risco são:

  • Mulheres com menos de 35 anos de idade;
  • Contagem de folículos antrais maior do que 14;
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • Histórico de síndrome de hiperestimulação ovariana anterior;
  • Baixo índice de massa corpórea (IMC correspondente a menos de 20 kg/m2);
  • Altos níveis de hormônio anti-mulleriano;
  • Algumas condições clínicas, como doenças renais, hepáticas e cardiovasculares.

Ao identificar os fatores de risco, o protocolo padrão utilizado para evitar a SHO, é a maturação final dos óvulos com agonista de GnRH, congelamento dos embriões e transferência embrionária em ciclo posterior.

O uso de hCG (gonadotrofina coriônica) em casos de risco aumenta muito as chances de síndrome de hiperestimulação ovariana. O hCG age no organismo e demora cerca de 7 dias para se depurar do organismo. Isso faz com que as taxas de estrogênio aumentem muito, desencadeando a síndrome de hiperestímulo. 

Os sintomas mais comuns da SHO são:

  • Inchaço abdominal;
  • Desconforto ou dor pélvica;
  • Ganho rápido de peso;
  • Náuseas e vômitos;
  • Trombose;
  • Falta de ar.
  • Aumento do tamanho dos ovários;
  • Distensão e desconforto no abdômen;
  • Acúmulo de líquido no abdômen e às vezes nos pulmões.

Durante a estimulação ovariana realizada antes da fertilização in vitro, inseminação artificial ou coito programado, a SHO pode durar cerca de 7 a 10 dias. No entanto, nos casos em que a síndrome de hiperestimulação dos ovários é decorrente da gestação, os sintomas podem persistir por mais tempo.

Síndrome da hiperestimulação ovariana

Como tratar a síndrome da hiperestimulação ovariana?

A síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO) é uma complicação que pode ser grave. Por isso, é necessário tentar evitar o problema por meio de diversas medidas preventivas. 

Porém, uma vez confirmada a SHO, o tratamento consiste em minimizar os sintomas e prevenir possíveis complicações que podem variar conforme o grau da doença.

Forma leve

Nesses casos, os sintomas podem ser tratados com analgésicos, medicação antiemética (para náuseas e vômitos) e que auxiliem a função gastrointestinal. A paciente deve se manter hidratada, ingerindo pelo menos 2 litros de água por dia e ter uma dieta hiperproteica. Recomenda-se repouso, inclusive sexual.

Forma moderada

Na SHO moderada, é importante realizar um acompanhamento ambulatorial mais efetivo, com controle do peso, avaliação ultrassonográfica e exames como hemograma, avaliação da função renal e eletrólitos. Dependendo do caso, pode ser necessário aspirar o líquido abdominal da paciente.

No caso de mulheres grávidas, os cuidados são ainda mais intensos. As gestantes apresentam aumento constante dos níveis de hCG, o que eleva os riscos.

Forma grave

Nos casos graves, indica-se a internação hospitalar. Assim, são tratadas possíveis complicações com a correção de hiperpotassemia, uso de drogas vasoativas quando há falência renal e anticoagulação terapêutica em casos de trombose. Além disso, cuidados com hidratação e acompanhamento laboratorial devem ser frequentes. 

Na forma grave, o ovário geralmente fica muito maior que o habitual, apresentando risco de torção anexial

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