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Pólipos: o que são e como interferem nos tratamentos de fertilidade?

Os pólipos chamados de uterinos ou endometriais são nódulos que se desenvolvem na camada que reveste o útero internamente, o endométrio.  

Estes nódulos são caracterizados por gerar um crescimento e espessamento exagerado da região, podendo acometer qualquer parte do endométrio, desde o fundo do útero até o colo do útero, inclusive na região externa do colo do útero.

O endométrio é a camada que constitui o revestimento interno da cavidade uterina, a qual possui um papel essencial para a fertilidade feminina. Ela é a responsável por engrossar e preparar o útero para abrigar um embrião quando a fecundação ocorre.

Quando temos a presença dos pólipos uterinos dificultando a implantação do embrião no útero a gravidez pode não ocorrer!

Por que os pólipos interferem nos tratamentos de fertilidade?

Quando falamos em pólipos uterinos é importante ressaltar que a grande maioria dos pólipos são benignos e somente cerca de 3% se malignizam. Os principais problemas associados aos pólipos são os sangramentos e as questões ligadas à fertilidade feminina. 

Como falamos anteriormente, o endométrio precisa estar íntegro para poder haver a implantação do embrião fecundado no útero. Quando presentes, os pólipos modificam as condições uterinas, prejudicando o processo de gravidez.

Dependendo de onde está localizado, o pólipo pode impedir a chegada do espermatozoide até o óvulo e mesmo em casos em que ocorre a fecundação, a localização do pólipo pode impossibilitar a nidação, isto é, impedir a implantação do óvulo fecundado na parede do endométrio.

Além disso, a presença destes nódulos também podem causar pouca espessura e baixa receptividade endometrial, acarretando abortos espontâneos e interferindo nos planos de quem deseja engravidar de forma natural ou através das técnicas de reprodução assistida.

Quais são as causas dos pólipos? 

Um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento destes nódulos é a alteração hormonal, que ocasiona o crescimento exagerado de células no local. 

Por se tratar de uma região muito vascularizada, com o crescimento do nódulo começam os sangramentos, iniciando os sintomas do pólipo uterino.

Quais são os sintomas?

Algumas mulheres que possuem os pólipos podem ser assintomáticas, em contrapartida, quando apresentam sintomas eles costumam ser:

  • Sangramento intenso podendo apresentar coágulos;
  • Escapes fora do período menstrual; 
  • Aumento do fluxo menstrual, podendo gerar quadros de anemia;
  • Sangramentos após a relação sexual;
  • Sangramentos após a menopausa;
  • Infecções recorrentes. 

Como é realizado o diagnóstico e em quais casos é recomendada a remoção? 

Em mulheres jovens e no período reprodutivo, o diagnóstico dos pólipos costuma ser feito, na maioria das vezes, em pacientes com sintomas que relatam um sangramento uterino anormal ou em pacientes que estejam com dificuldades de engravidar.

Na menopausa ou pós-menopausa, cerca de 70 a 75% das pacientes que apresentam pólipos costumam ser assintomáticas, mas quando sintomáticas, a manifestação clínica mais comum é o sangramento anormal.

O exame para detecção é a ultrassonografia transvaginal. A ressonância magnética de pelve é outro exame de imagem capaz de detectar a presença de pólipos. O padrão ouro porém para o diagnóstico dos pólipos é a histeroscopia diagnóstica, exame que permite a visualização direta da cavidade uterina através da introdução de um endoscópio (histeroscópio) através do colo uterino. 

A indicação de remoção é feita geralmente para dois grupos de pacientes:

  • Pacientes jovens, em idade reprodutiva, que desejam engravidar ou que sofrem com sintomas excessivos de sangramento ou escapes.
  • Mulheres que desejam engravidar tanto naturalmente quanto por tratamento de infertilidade.
  • Pacientes na menopausa e na pós-menopausa, que tenham sangramentos decorrentes destes pólipos.

Qual é o tratamento?

O tratamento mais recomendado em casos de pólipos é a retirada por vídeo histeroscopia. 

Trata-se de um procedimento de baixa complexidade onde um aparelho que possui uma micro câmera acoplada na ponta é introduzido no colo do útero, sendo possível observar toda a cavidade uterina e permitindo a remoção correta dos nódulos.

É um procedimento cirúrgico que necessita ser feito sob anestesia e em ambiente hospitalar. Vale ressaltar que o diagnóstico e a escolha do melhor tratamento deve ser feita sempre por um médico especialista.

Ficou com alguma dúvida sobre o tratamento dos pólipos?
Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com nosso time de médicos do Laboratório Chedid Grieco – Medicina Reprodutiva.

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