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Dra Silvana Chedid comenta sobre “As medidas práticas que podem evitar o câncer”

Um levantamento feito pelo Instituto Nacional do Câncer aponta que o Brasil terá, aproximadamente, 60 mil novos casos de câncer de mama até o final deste ano. A BandNews FM exibe diariamente medidas práticas para evitar a doença, como obter o diagnóstico precoce, além de respostas para dúvidas dos nossos ouvintes e explicações de especialistas sobre o tratamento.

Nos últimos meses, você já acompanhou aqui na nossa programação as dicas no combate aos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, como dengue e febre amarela, e orientações de prevenção ao suicídio durante o Setembro Amarelo.

A relação entre o tabagismo e o câncer é amplamente divulgada e já faz tempo. Agora, quanto o nosso estilo de vida pode interferir de fato no aparecimento ou não, de um câncer de mama. Quem responde é a ginecologista e obstetra Silvana Chedid.

Silvana diz: “Em relação ao câncer de mama, os dois fatores mais importantes são o tabagismo e são os poluentes ambientais. Cigarro, por exemplo, é proporcional a quantidade de cigarros utilizados. Quanto mais a mulher fuma, maior o risco que ela tem”.

Só que outros que a gente nem desconfia, também podem prejudicar nossa saúde. Por exemplo, sabe aquele potinho plástico que você guarda sua comida?

“Eu tenho alertado muito minhas pacientes ultimamente, para evitarem o contato com o plástico. Por exemplo, Aqueles filmes plásticos de PVC que cobrem os alimentos, especialmente se forem esquentar esses alimentos em microondas, evitarem recipientes plásticos para armazenar os alimentos, eles entram em contato com o organismo da mulher, eles alteram a produção hormonal, e por alterarem a produção hormonal, eles acabam tendo uma série de consequências, dentre elas o câncer”, diz Silvana.

Esses poluentes alteram a produção hormonal e acabam aumentando a possibilidade de desenvolver doenças como o câncer, e até influenciando na aceleração de processos biológicos, como a primeira menstruação. Então o melhor mesmo é trocar tudo isso, por materiais como o vidro por exemplo. Não só poupa a sua saúde, mas ainda ajuda o meio ambiente.

Ser mãe, é o sonho de muitas mulheres, mas, e quando o câncer chega antes da meternidade? Será que é sinal que o sonho vai ter que ser interrompido. Quem responde é a ginecologista em reprodução humana Silvana Chedid.

“Muitos dos medicamentos que são usados na quimioterapia do câncer de mama, podem levar a infertilidade, podem levar a uma diminuição da reserva ovariana. E até algumas mulheres podem entrar em menopausa precoce, em função da quimioterapia. Para evitar que essas mulheres percam a sua capacidade reprodutiva, nós podemos fazer o congelamento dos óvulos dessas mulheres, antes delas iniciarem o tratamento do câncer, para que após o término da quimioterapia, elas possam então realizar o sonho de serem mães”, diz Silvana Chedid.

Esse congelamento dos óvulos, não interfere no tratamento do câncer, e outra notícia positiva, é que após os óvulos serem congelados, eles podem ficar guardados por vários anos, o que permite que a mulher escolha o melhor momento para ser mãe após a recuperação .

O que é a reconstrução mamária?

O procedimento de reconstrução mamária, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), é oferecido apenas para mulheres com câncer que tiveram que retirar a(s) mama(s) ou parte(s) dela(s). Dessa forma, a rede pública de saúde oferece integral e gratuitamente os procedimentos de recuperação pós-mastectomia.

A reconstrução mamária deve ser feita de acordo com a possibilidade clínica e preferência da mulher. A orientação, conforme previsto na Lei nº 12.802, é que a cirurgia de reconstrução, prioritariamente, seja realizada na retirada da mama. No entanto, de acordo com a própria legislação, quando não houver indicação clínica para realização dos dois procedimentos ao mesmo tempo, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias. Essa é uma medida de segurança e bem estar, adotada ou não conforme cada caso.

Sendo assim, cabe à equipe médica responsável pela paciente avaliar se é possível realizar os dois procedimentos no mesmo ato cirúrgico. A decisão é tomada com base em diversos fatores, como a condição da área afetada para evitar infecção ou rejeição da prótese e a vontade da própria paciente. Em alguns casos, é necessária a radioterapia ou quimioterapia antes da reconstrução mamária ser realizada.

Cuidados paliativos no tratamento do câncer de mama

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

Dessa forma, os cuidados paliativos devem incluir as investigações necessárias para o melhor entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da doença. Apesar da conotação negativa ou passiva do termo, a abordagem e o tratamento paliativo devem ser eminentemente ativos, principalmente em pacientes portadores de câncer em fase avançada, onde algumas modalidades de tratamento cirúrgico e radioterápico são essenciais para alcance do controle de sintomas.

Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessária a adoção precoce de condutas terapêuticas dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente frente a sua situação de incurabilidade.

 

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