Fertilização in Vitro e Inseminação Artificial: não confunda!
A Fertilização in Vitro e a Inseminação Artificial são dois métodos oferecidos aos casais que têm dificuldades reprodutivas.
Contudo, muitas dessas pessoas acreditam que os dois procedimentos são a mesma coisa, o que é um engano.
Essas duas formas de estimular a gravidez têm diferenças entre si que podem ser relevantes no resultado final.
Nos tópicos adiante você vai entender melhor o que é a Fertilização in Vitro e a Inseminação Artificial separadamente.
Além disso, nós explicamos quais são as diferenças existentes entre os métodos e qual é a indicação de cada um deles.
O que é Fertilização in Vitro?
Também chamada de “bebê-de-proveta“, a Fertilização in Vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida mais eficientes que existem.
Esse procedimento é dividido em três fases. São elas:
- Estimulação ovariana: a mulher recebe medicamentos hormonais para aumentar o número de folículos ovarianos e uma consequente maior produção de óvulos;
- Punção ovariana: fase onde os óvulos produzidos pelo corpo da mulher são coletados;
- Coleta dos espermatozóides: em paralelo à punção ovariana, o parceiro da mulher submetida à FIV coleta o seu sêmen para a obtenção dos espermatozóides; pode também ser usada amostra de semen congelado de doador.
- Fecundação dos óvulos: aqui, os espermatozóides e óvulos coletados nas fases anteriores são unidos microscopicamente em laboratório, ou através da técnica de fertilização convencional onde uma gota com milhares de espermatozóides é colocada em contato com cada óvulo ou através da técnica de ICSI, em que apenas um espermatozóide é injetado diretamente dentro do óvulos;
- Cultivo dos embriões: depois da união dos gametas, os óvulos fertilizados ficam em cultura na incubadora por um período que pode variar de 3 a 7 dias;
- Transferência dos embriões: por fim, os embriões que apresentaram melhor desenvolvimento são eleitos para a transferência para o corpo da mulher, finalizando o processo de Fertilização in Vitro. Caso sejam obtidos embriões supranumerários, estes poderão ser congelados.
O que é Inseminação Artificial?
A Inseminação Artificial, ou inseminação intrauterina, é outra técnica de reprodução assistida bastante utilizada, de simples execução, baixo custo, porém com taxas de gravidez inferiores àquelas da fertilização in vitro.
Nesse método, é realizada a coleta de sêmen do parceiro da mulher que quer engravidar ou utilizada amostra de semen de doador.
Em seguida, esse sêmen é analisado em laboratório e, se estiver com concentração, motilidade e morfologia adequadas, torna-se elegível para o procedimento.
Por fim, o esperma é injetado dentro do útero da mulher através da passagem de uma pequena sonda pelo colo do útero.
O objetivo é que os espermatozóides alcancem os óvulos de forma natural, como no ato sexual.
Qual é a real diferença entre os dois métodos?
As diferenças entre “FERTILIZAÇÃO IN VITRO” e “INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL” estão na execução e na aplicação dos dois métodos.
Como você viu, na FIV os óvulos e espermatozóides são coletados e unidos fora do corpo da mulher.
Depois, o embrião resultante dessa união é conduzido ao corpo da mulher que deseja engravidar.
Já na Inseminação Artificial, o processo é quase totalmente feito no âmbito do corpo da futura mamãe.
No que diz respeito à aplicação, a Fertilização in Vitro é o método mais indicado, entre outros casos, para mulheres que têm dificuldades na ovulação, distúrbios reprodutivos, endometriose, idade superior a 35 anos, fator masculino grave, etc.
Enquanto isso, a Inseminação Artificial geralmente é utilizada em alterações mais leves e mulheres mais jovens.
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Tanto a Fertilização in Vitro quanto a Inseminação Artificial são técnicas que necessitam de um laboratório bem capacitado e profissionais altamente treinados na sua execução.
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