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Como enfrentar isolamento na pandemia durante o puerpério

Como se reinventar após a maternidade e como essa transformação pode mudar a forma de encarar o distanciamento social.

Muito além de transformar a rotina da família, o nascimento de uma criança é capaz de mudar prioridades, crenças e o estilo de vida de mulheres renascidas com a maternidade.

Entre tantas mudanças, há quem tenha encontrado uma nova fé, descoberto habilidades ou apostado em uma trajetória profissional diferente, seja para ter mais tempo com os filhos ou para encontrar sentido em sua carreira.

Mas o que essas transformações vividas pelas mães podem nos ensinar sobre o puerpério que estamos vivendo nessa pandemia?

Isolamento, solidão, medo do desconhecido, incertezas. Acumulam-se as tarefas, funções, e de repente estamos perdidos em nossos novos papéis. Parece não haver futuro possível a planejar. Um dia de cada vez. Uma hora de cada vez.

Cabidas todas as ressalvas com o momento político do país e com a saúde pública, esse momento é quase um alívio pois o mundo inteiro está mais lento, em um ritmo puerperal de recolhimento, como se todos não fossem mais obrigados a corresponder a um compasso frenético. Não temos mais pressa para as refeições nem horário para sair de casa.

A maternidade é um convite a olhar a vida e a si mesma sob outra perspectiva e promover ajustes internos. Mas a jornada da maioria das mulheres em suas transformações não é fácil. Às vezes envolve pedir demissão, abrir mão da estabilidade financeira mar certamente impulsionar outras mudanças. 

Tanta transformação pode culminar com um momento de tranquilidade em meio à pandemia e o saldo pode ser positivo.

A reflexão da quarentena pode ser um presente: a conclusão de que não dá para ser supermulher. É impossível ser uma ótima mãe, uma ótima empresária, uma ótima terapeuta. Essa cobrança exerce uma pressão desumana sobre as mulheres. Esse período de isolamento da pandemia pode nos ajudar a achar um equilíbrio e diminuir a cobrança consigo mesma.

Tornar-se mãe é um salto em direção à própria feminilidade, à terra, ao alimento e aos ciclos vitais.

Tem dias difíceis, de falta de controle e cansaço brutal. Além da coragem para lidar com a situação do isolamento que requer uma adaptação ao novo, encarando desafios e incertezas.

 Um chamado para desacelerar

A maternidade pode ser um renascimento, uma transformação.

Maternidade e empreendedorismo

O mais recente estudo da FGV sobre o assunto, de 2016, aponta que 24 meses depois do início da licença-maternidade, quase metade das mulheres estão fora do mercado de trabalho. E seja pela falta de acolhimento no mercado tradicional ou porque as mulheres deixam de ver sentido no trabalho que executavam, o empreendedorismo se torna opção para muitas.

As mulheres são maioria (52%) à frente dos negócios com menos de 42 meses de existência, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora.

No perfil médio, a mulher não se prepara para empreender, ela acaba empreendendo em áreas que já conhecia ou que requerem menos capital. Abre uma consultoria em uma área em que já trabalhava. 


As mães empreendedoras são muitas e caminham juntas. Em comum elas compartilham as dores e o desafio de conciliar maternidade, tempo e trabalho.

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